sexta-feira, 30 de julho de 2010

Proibição de fumar x falta do que fazer

Os deputados e senadores deveriam se preocupar menos em invadir a liberdade individual dos fumantes, e em limitar, a meu ver, inconstitucionalmente, a iniciativa privada dos restaurantes, bares e afins, e passar a se preocupar mais com o que realmente importa.

Fumar era uma prática altamente estimulada pela sociedade, e agora, extremamente repudiada.
Até pouco tempo atrás, fumar era “elegante”, dava status. Vários comerciais enchendo a cabeça das crianças da minha geração, estimulando o uso do cigarro. Até pouco tempo atrás, as pessoas fumavam dentro dos shoppings!

Adorei a proibição de fumar em lugares fechados, pois até para os fumantes era desagradável. Nos corredores da faculdade, a nuvem de fumaça era predominante, e era extremamente tóxico passar por ali nos intervalos.

Mas acho exarcebada a proibição absoluta de fumar em qualquer lugar... Ou seja, qual é a lógica de proibir os restaurantes, bares e boates de terem um local específico, destinado aos fumantes, sob determinadas condições (lugar aberto, arejado, etc)? A proibição atual é desmedida, exagerada, segregativa, absurda e (eu entendo) inconstitucional.

Acho válida essa preocupação do Poder Legislativo com os pulmões das pessoas, mas que tal se preocupar um pouquinho mais com a natureza, com o desenvolvimento sustentável?

Que tal criar uma lei que obrigue os supermercados a fornecerem sacolas de papel, como era antigamente?

Que tal criar uma lei que obrigue os fabricantes a embalarem seus produtos em papel ou papelão reciclado?


Que tal criar uma lei que obrigue os fabricantes a recolherem os recipientes de seus produtos? Ou pelo menos, algo que os estimule a fazer isso?
Ou quem sabe, fomentar a atividade dos fabricantes que estimularem os consumidores a devolver os recipientes usados? Por exemplo: quem devolver o pote de vidro de um determinado produto, um creme que seja, obtém um desconto na compra de um novo?
Esses produtos devolvidos passariam por uma lavagem e esterilização para nova utilização (sempre que possível), ou seriam destinados à reciclagem dentro da prória fábrica.

O Poder Legislativo tem muito em que se “pré-ocupar”, antes de invadir a liberdade dos fumantes de uma maneira tão agressiva.

Apóio totalmente a proibição de fumar em lugares fechados. Mas proibir que os restaurantes, bares, etc, possam destinar uma área aberta aos fumantes é invadir a liberdade econômica e desrespeitar os direitos dos fumantes. E lavar as mãos frente a um problema que os próprios governantes permitiram que aumentasse: os que são viciados em cigarro.

O Governo permitiu o estímulo, milhões de pessoas se viciaram, e agora vem com toda essa agressividade proibitiva? Qual é o nexo? Que tal um meio termo?

Agora, parece que tem um projeto de lei para alterar a composição dos cigarros. E é só para retirar os açúcares e os agentes de sabor. É muita falta do que fazer...

Que tal um projeto de lei que realmente faça a diferença para a sociedade?

Que tal parar de fazer nada e trabalhar um pouquinho a favor da humanidade?

Os eleitos pelo povo devem se preocupar com problemas graves, cuja solução realmente faça a diferença.

Mas isso não dá, pois é mexer com o bolso de quem tem...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O goleiro Bruno já está condenado - Última Instância

O goleiro Bruno já está condenado

João Ibaixe Jr - 09/07/2010

"Pronto! Mais um caso solucionado pelo melhor setor de investigação criminal do país: a mídia. Claro, com amplo apoio da Polícia Civil e, no caso, de dois Estados da Federação.

O assassinato da jovem Eliza Samudio, que efetivamente tem características de crueldade, provocou a mídia de todo o mundo, em face de envolver uma personalidade futebolística, um ídolo dos torcedores do supostamente (digo isto em virtude do resultado da copa para nós) maior esporte brasileiro, enfim, uma celebridade.

Uma primeira observação tangencial: quem milita na área penal ou acompanha questões criminais sabe que há casos muito mais graves e muito, mas muito, mais cruéis, que são esquecidos por envolverem desconhecidos e permanecem mofando em prateleiras de departamentos burocráticos jurisdicionais. E pior, casos em que as provas já foram produzidas e analisadas e apontam determinantemente para o criminoso e nada com ele acontece. Deste modo, só resta mostrar eficiência em casos de repercussão.

E dá-lhe eficiência: provas técnicas de moderníssima geração, exames em veículos, comparação de exames de sangue e de DNA, aviões e viaturas à disposição para conduzir os envolvidos e os policiais, superando a distância entre duas unidades federativas, cujos agentes dos órgãos de polícia judiciária demonstram-se incansáveis. Uma parafernália gigantesca, praticamente cinematográfica – não se sabe se hollywoodiana ou bollywoodiana, talvez até digna de cinematografia nacional, apesar desta se preocupar mais com a criminalidade relacionada a uma estética da pobreza.

E a presteza dos Delegados? Incomensurável! Disponíveis a todo minuto para dar entrevistas e falar sobre seu trabalho nas investigações e no levantamento de indícios. Eu disse “indícios”? Desculpe-me, leitor, a falha.

O trabalho da polícia judiciária seria tecnicamente o de levantar indícios, ou seja, indicadores que apontassem um possível criminoso, para que este fosse submetido de suspeito à categoria de indiciado, a qual autorizaria legalmente que o indivíduo fosse acusado e processado pela Justiça por ter cometido um crime e, ao final do processo – destaca-se em negrito ao final do processo – fosse considerado culpado e aí, a partir desse momento, sofresse as penas da lei como responsável pelo delito. Só ao final do processo, a Justiça, decretando a condenação, poderia apresentar o indivíduo como culpado.

Porém, como a Justiça funciona mal, como o caso é de repercussão – a ponto de duas polícias de Estados diferentes disputarem a atribuição investigatória – como está envolvida uma celebridade e como o caso tem sim seu aspecto hediondo, o melhor é já apresentar tudo de uma vez agora.

Dane-se o procedimento legal, que é morosidade pura, dane-se a Constituição, que só serve para dar direitos a bandidos e dane-se a Justiça, que somente atrapalha a rapidez da apuração. Enfim, a polícia falou, “tá” falado! E a mídia, afinal, abençoou.

Caso encerrado! Goleiro preso e condenado. Siga-se o próximo."

sábado, 3 de julho de 2010

DE OLHO NAS URNAS

É uma vergonha saber que nossa Constituição é "emendada" dessa forma temerária!!!

Vote com consciência!!!